É chegada a hora...

Terremotos assolam a redondeza... nada mais me resta, a estrada minha companheira, a trilha minha amiga, o sol meu aliado, a chuva a salvação da minha alma... o inverno durou tempo de mais e é chegada a hora, é tempo de ir embora...

Dúvia cruel parte-me em dois, em três... na verdade em muitos pedaços que não sei se sou capaz de juntar... muito se passou, tempo, vidas, pessoas e experiências... a cada passo reencontro um pedaço meu mas sei que mesmo rodando o mundo, ainda estarei incompleto enquanto não encontrar você... terei que partir aqui já não é mais o meu lugar...

E... se for... se você estiver aqui saiba que "se você quiser alguém pra ser só seu é só... não se esquecer estarei aqui"... alguém que conhece o segredo escondido em minh'alma que sabe antes que eu diga o pensamento que terei, sabe quem sou e como sou respeita-me ao ponto em que sou seu sem sentir-me aprisionado... xucro eu sei... selvagem... bem talvez, etiqueta nunca foi o meu forte... preciso ter em pensamento a conversa falada sem sentido explícito ou quem sabe subjetivo pois os olhos falam algo do tipo que dois corações quando juntos expressam a alma no brilho de um olhar ou semelhante...

Enquanto assunto em mudo... Enquanto em formas no cego... Enquanto cheiro no olfato... tato e paladar fundem-se em um é o momento de esquecer, esquecer o amanhã e o de viver o agora segundos de horas que passam e escoam por entre meus dedos em que tão finos grãos não posso segurar não com intuito de aprisionar mas com o intuito de perpetuar...