Fortaleza...

"Não importa o quanto você se importa, algumas pessoas simplesmente não se importam..."

Fortaleza... bela... de cores, sabores e favores. Quem deseja fortaleza? Quem deseja a fortaleza? Não vou utilizar "aspas" nem sequer algumas letras maiúsculas pois o objetivo deste texto como em muitos outros é nada mais ou a menos do que gerar a confusão se não em quem lê, ao menos em quem escreve ou seja eu. Enquanto os gritos ecoam paredes a fio e o frio da pedra que transmite a dificuldade de encontrar sons que soem em uníssono conosco a fortaleza... na fortaleza... a fortaleza de mim mesmo a fortaleza em que estou de ruas e avenidas... de gente ou pessoas? onde? quem? a cada dia um novo dia o sol sempre presente o calor do ar, das paredes do asfalto o frio da gente...

Sempre imaginei que um lugar cinza como o que vivia tornava as pessoas frias e sem graça, sem cor... cinzas... mas percebo que cores não revelam os amores, literatura, música,... a ausência da individualidade do indivíduo por si só onde vendem-se frascos de gente em conserva de padrões estereotipados e sem conteúdo onde quem eu sou ou que sou eu não interessa nem sempre a um próprio eu... e então, onde estou simplesmente perde o valor... e sabor... e favor...

A música, o sabor, padrão de padrão igual a todos e em todos da fortaleza de mim mesmo onde estou... quem sou... eu procurava antes sair, libertar-me de masmorras e agora que me encontro livre sinto falta das correntes e da escuridão onde nada mais havia do que eu encontrado em mim...

A ferrugem que se acumula em minh'alma que desesperadamente procurou em livros... agora em música e sabe mais deus onde dentro de fortaleza sem cabeça... a mula sem cabeça de ignorância que circunda minha estupidez e de outros inconscientes de si.

Como reaprender o que sempre se soube? de onde tirar para si aquilo que já faz parte? como ser aquilo que sempre se foi???