sábado, setembro 27, 2008

Ilex Paraguariensis


Hoje teve um chimas na casa nova... primeiro da nova vida, primeiro de um novo eu...
Ao som de Engenheiros a chaleira que chia mas não ferve... a erva... amargo... saudades destes pagos...
Quanto que ficou para trás e que sei que mesmo voltando, não volta atrás... a vida segue, a vida continua nada que foi novamente será...
sei que verei um mundo totalmente diferente, de coisas comuns e familiares... mas não serão mais as mesmas... a cada segundo o mesmo rio que se vê não é mais o mesmo... Don't stop me now!!!
Sigo cada dia como se fosse o último o ontem não mais a mim pertence... e a alguém pertence?

Você que viu o que ninguém mais um dia viu... tenha sempre na lembrança algo que talvez não tornes a ver... um momento sem explicação de infinita abertura... um buraco negro que abre e engole a tudo e a todos que perto deste estiver, o escuro, o vazio, o eu... de onde? de quando? de quem? um dia não para esquecer... lembrarei por muito tempo de algo que a tempos eu precisava... na calada da noite aconteciam momentos deste tipo e ninguém nunca percebeu, cabeças em travesseiros paralelos... alguém... ninguém... o eu...
Você que estava lá, em silêncio estava, em silêncio ficou... percebeu, permitiu... não interrompeu... hoje te sou grato pelo peso que me permitisse abandonar... ter alguém. Super-homem... não, não. Nada disso nem daquilo, somente o isso... isso mesmo... eu.


Hoje eu acordei mais cedo
Tomei sozinho o chimarrão
Procurei a noite na memória...
procurei em vão

Hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal)
Tudo deve estar suspenso...
nada deve pesar
Já vivi tanta coisa,
tenho tantas a viver

Tô no meio da estrada
e nenhuma derrota vai me vencer
Hoje eu acordei livre:
não devo nada a ninguém
Não há nada que me prenda
Ainda era noite,
esperei o dia amanhecer

Como quem aquece a água
sem deixar ferver
Hoje eu acordei,
agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda

Verde... quente... erva... ventre... dentro... entranhas
Mate amargo noite adentro estrada estranha
Nunca me deram mole, não (melhor assim)
Não sou a fim de pactuar (sai pra lá)
Se pensam que tenho as mãos vazias e frias (melhor assim)
Se pensam que as minhas mãos estão presas (surpresa)

Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza...
Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza...

ilex paraguariensis...

A vida contínua, continua...

quinta-feira, setembro 25, 2008

Untitled... so far...


Tem dias que a gente se sente
Um pouco, talvez, menos gente
...
Sem qualquer amigo do lado
Sozinho em silêncio calado
...
Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolo do apocalipse
A fuga geral dos ciganos
Os séculos de Nostradamus.

Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia...



Ás vezes parece que quero dizer, as vezes parece que quero gritar... as vezes... as vezes... mas como sem palavras para expressar? faltam-me gestos... em atropelos de vontades "quero me encontrar mas não sei onde estou", a viagem marcada a data de ida e de volta mas... de onde para onde? poderia ser também de volta e de ida? onde está meu coração? enganei-me ou fui enganado? será que sou realmente como sou? a parede desmoronou e permitiu escrever "quando nada mais adianta" ou algo assim... será que realmente fui assim? ou quando ou por quanto... tempo?
"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei", porque voas e não corres ou porque corres e não te arrastas? enquanto pressa paras e enquanto desejo-te parado... voas, para que? é mais um teste seu?

Enquanto bom, voas apressando para que acabe, enquanto ruim paras para que dure o desagrado... quem controla os ponteiros teus? invisíveis e reais, imaginários e intwngíveis como podes ser assim? e por que o és? Aprenda a bater palmas a quem te vence mesmo que em milésimos de segundo... já o fiz lembra-te? já te quis parado e já te consegui estático... qaul é o volume da espiral ascendente capaz de quebrar e parar o tempo? é possível eu sei... mas como?

Não sei de tudo... mas posso dar uma dica....


O teu sorriso
que me gera assanho
ainda que esconda, friso
que tímido me acanho

O teu cheiro
que todo dia sinto
em memória eu vejo
Por isso não minto

Por isso que te digo
olhando em teu rosto
que com vergonha em mim brigo
para dizer-te o quanto te gosto

Sentimento de incertos
que não menos que desejos
a teu encontro em tropeços
almejando teus beijos

Quanto quero ter a ti
e o encontro do corpo teu
esquecendo o dia em si
encostado em peito meu

Momentos como esses podem parar o tempo e podem até mesmo fazer com que nos esqueçamos de respirar...

domingo, setembro 21, 2008

No vazio de minh'alma


Nothing Man - Pearl Jam

Once divided...nothing left to subtract...
Some words when spoken...can't be taken back...
Walks on his own...with thoughts he can't help thinking...
Future's above...but in the past he's slow and sinking...
Caught a bolt 'a lightnin'...cursed the day he let it go...

Nothingman...
Isn't it something?
Nothingman...

She once believed...in every story he had to tell...
One day she stiffened...took the other side...
Empty stares...from each corner of a shared prison cell...
One just escapes...one's left inside the well...
And he who forgets...will be destined toremember...oh...oh...oh...

Oh, she don't want him...
Oh, she won't feed him...after he's flown away...
Oh, into the sun...ah, into the sun...

Burn...burn...
Nothingman...
Isn't it something?
Nothingman...
Nothingman...
Coulda' been something...
Nothingman...
Ohh...
Em muitos momentos em que me sinto assim... de fragmentos em pedaços de tamanhos diversos... que situações dirão o quão resistente sou enquanto testado a limites extremos sigo firme ou indiferente... por quanto tempo poderei segurar em mão alguma... todos se vão e se eu for também ninguém mais encontrarei de uma realidade passada que não mais existe... as coisas, as pesosas os mundos não são mais os mesmos... o rio nunca é o mesmo, basta piscar os olhos e lá se foi ele... eu escolhi isso para mim e assim seguirei até sei eu quando, quanto ou onde... quem riá saber... quem irá dizer... cada passo... tropeço ou acerto... passos incertos de uma caminhada inpensada... mas eu caminho, eu caminho nem que pelo simples prazer de caminhar... um passo a frente do outro, o vento... o sol (e que sol...) a lua e as estrelas que vazio é esse que me consome de lua crescente de sorriso amarelo...

vergonhas???
medos???
incertezas???
inseguranças???


O tempo passa e tudo muda o tempo todo, frases de efeito e cabeça erguida, a postura que desejo na força de mantê-la... até quando será possível... de tudo que me faz falta, de tudo o que tenho, do nada que possuo, verdade incontestável do cotidiano do luxo dispensável do "junkie" de "mi vida" e da felicidade do nada...

O nada... o nada
se não serve para nada
enquanto o tudo for nada
quem precisa de mais?

No vazio de minh'alma
Não é necessária a pressa
nem a espera por nada
Nem sequer me resta a calma

O sentimento que sinto
que de nada me adianta
se não for para mim
para quem será que minto?

O meu sorriso que vês
meus braços que te envolvem
Meu gesto carinhoso e cortês
Nem a mim comovem

O que sinto em mim
que não parece tomar conta
do que sou e porque sou assim
de pedaços que usas e me monta

Fragmentos de algo que fui
Quem sabe se novamente serei
De um mundo que rui
de amores que amei

Não sentes que sofro
Não sentes que sinto
para o meu sentimento
Não mais que um sopro

No vazio de minh'alma
que não conheces
de carapuças seguras
remontam imagens
desfiguram às vezes
O vazio de minh'alma

O que usar para preencher
espaços e esboços
que me permiti conhecer
de mim agora estilhaços
que procuro novamente ter

Para mais uma vez compreender...

O vazio de minh'alma

domingo, setembro 14, 2008

As pedras me disseram...




A semente está de novo no invólucro. Vem de dentro do profundo ventre que a acalentou e nutriu. A flor rompe a superfície e encanta-se com o sol. Há um tempo de espera. Sem pressa, a colheita virá na hora certa.
Eu plantei... cuidei... Agora resta só esperar o fruto do meu trabalho. E será justa a minha recompensa.
Portanto, pacientemente, aguardarei os resultados. Não irei me apressar para não por tudo a perder. Calma é tudo de que preciso.

Se falo de associações, sociedades, relacionamentos. Sobretudo, falo da individualidade do indivíduo por si só, enquanto um e do conservar-me inteiro, um ser total dentro de qualquer tipo de relacionamento ou associação.

“Somente um ser inteiro pode dividir-se e, retornando a si mesmo, conservar sua integridade.”

Que hajam espaços entre cada um de nós. Que o sopro Divino esteja entre nós e conosco.

Mesmo assim, mantenho como advertência:
- a integração é necessária nos relacionamentos para que o Divino nela se manifeste.


Aqui definiram-se as minhas opções. Até então foram tropeços e acertos, buscas e encontros. Agora, a luz que eu buscava em meu interior encontra um canal de propagação. Poderei e irei fazer uso dela em minha vida de maneira consciente, mas com humildade.
Manter-me-ei equilibrado, projetando energia em todas as direções, mas lembrando-me sempre de que não é por meu próprio poder que ajo. É através de mim que se faz a Luz Divina.
Receberei em meu coração o calor e a luz do sol. Irei me iluminar com ela, projetando-a para fora de mim, para o mundo, fluindo e retornando ao meu coração.

Como se já não bastasse...

Em meu poder estão todas as possibilidades. Meu destino me pertence. Começo e fim. Odin, em branco, contém o potencial de minha vida. Aqui, presente, passado e futuro escrevem a história de minha busca e encontro. O descobrimento tem um poder que me impele para a frente, para a luta. – Este momento chegará. Por enquanto olho bem para dentro deste “vazio” – “cheio” e observo todas as possibilidades. Dúvidas, incertezas, esperanças e sonhos, tudo dentro desse potencial à minha espera me chama e quer surgir. O crescimento está acontecendo. É necessário que eu tenha fé e espontaneidade. Reconhecço que sobre mim brilha o sol da esperança e que não sou eu quem deve dar o primeiro passo. Como controlar o que ainda desconheço? De dentro desse branco criativo, surgirão uma a uma as minhas indicações.


Somos Quem Podemos Ser

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção

E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Quem eram os donos
Da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão

E tudo ficou tão claro
O que era raro, ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum...

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Sem querer eles me deram
as chaves que abrem essa prisão...

Quem ocupa o trono
Tem culpa
Quem oculta o crime
Também
Quem duvida da vida
Tem culpa
Quem evita a dúvida
Também tem...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

sábado, setembro 06, 2008

Shelf in the Room


Os passos foram dados
As pedras lançadas
As palavras ditas...

Sigo agora meu caminho
O mesmo que há muito trilhei
Aquele que sigo sozinho
E que só sei quando lá cheguei

Os círculos que faço
As paradas que dou
Servem e forjam o aço
tornado-me em tudo que sou

Em pedaços e fragmentos
De amores e dores
De vidas e sonhos
Onde tudo o que desejo
São novas flores e cores

<=============== Para não dizer mais nada ===============>



Hoje um novo fim de algo que já terminou porque tentar em vão imaginar que não... algo se passa acontece... evidência. Um novo dia está chegando mais uma vez as amarras estão soltas o porto me espera... vento de popa 6 nós, velocidade de cruzeiro, sol de brigadeiro...
O Mar... "solte as velas guarnição, peque o leme patrão... que o dia está bom pra navegar" (Rataplan). É... saudades de uma juventude... mas quem envelhece? todos nós sabemos a fórmula da juventude é verdade mas eu... eu havia esquecido.
Lembrei.

Shelf in the Room - Days Of The New

The shelf in the room
has been the way of holding me
and letting me stay

Kick me out
let me go
I don't belong here no more
A releasing sense of getting tired
Hold myself
I can't hold myself

The shelf in the room
has been so true
I can hide in
the shelf in the room

Holding out
never hold in
holding out
never hold

Know when to listen
Know what to listen for
Believe in resistance
don't let them tell you anymore
Is there anyway/no
to get away/no
Ask myself
while I stay inside

The key is so distant
I've closed my doors
The shelf in the room
is rain waiting to pour

terça-feira, setembro 02, 2008

Black Hole Sun


Belo convite a escrever... metodologia do trabalho científico, Karl Popper em algum momento de sua vã sanidade chegou a brilhante conclusão de sua hipotética dedução...
E hipotéticamente-deduzindo tentou convencer-me de que meus erros e acertos possuem, penso em cada um e busco em mim hipóteses que possam diferenciá-los entre si buscando mesmo que contra a minha vontade, razões para provar para mim mesmo que de uma forma ou outra, ou quem sabe nenhuma, provar que estou errado em meu pensamento, é como jogar xadrez contra si mesmo e ainda perder...
Enquanto tento derrotar a mim mesmo conjecturo afirmações contrárias as minha vontades, já passei por isso antes e me permiti convencer de que eu estava errado...

As I stand at the crossroad,
I see the sun sinking low...
With my cross of indecision,
I can't tell which way to go...

Incognissível - pérolas do pensamento filosófico de tudo aquilo que não se entende, não se interpreta e não se explica... sem cognatos? falsos cognatos?!?
Incognissível sou eu, a mim mesmo??? será possível o impossível ou impossível o que me é possível, o que eu quero fazer? quando quero fazer? farei?
De repente dá um estalo e tudo faz sentido... professor bom esse... cognoscente? eu me entendo... eureka...
Quem sabe, tudo isso é graças ao método de abordagem dialético... tudo o que eu queria nesse momento, Oh meu D-us, lá vem ele de novo... o velho amigo Karl Marx...

Mais uma pérola... e essa é antiga:
"Nada é óbvio"

Fenomenológica, se sinto logo existo eu e minha dor... porém não necessito de causa se sinto existo... qual a causa de um sentimento simples ou complexo... muitas vezes não existe, não conseguimos encontrar as razões... mas se sinto logo existe.
Fenômeno é algo que existe para alguém... mas então... quem?

Black Hole Sun (Soundgarden)

In my eyes
Indisposed
In disguise
As no one knows
Hides the face
Lies the snake
The sun
In my disgrace
Boiling heat
Summer stanch
'Neath the black
The sky looks dead
Call my name
Through the cream
And I'll hear you
Scream again

Black hole sun
Won't you come
And wash away the rain
Black hole sun
Won't you come
Won't you come
Won't you come

Stuttering
Cold and damp
Steal the warm wind
Tired friend
Times are gone
For honest men
And sometimes Far too long
For snakes
In my shoes
Walking sleep
And my youth
I pray to keep
Heaven send
Hell away
No one sings
Like you
Anymore

Hang my head
Drown my fear
Till you all just
Disappear