quinta-feira, dezembro 29, 2005

Descanso

É um tempo de profunda ativação e transformação. Eu chegei aos limites daquilo que conheço em mim. Entro no desconhecido; minha metamorfose começou. Preparo-me para transladar da aparente separação para a reunião. Estou na encruzilhada do caminho, no meio de uma revolução pessoal, despojando-me de velhos esquemas, experiências passadas, julgamentos, lembranças e expectativas.Parece ser uma barreira intransponível. Mas me purifico com a chuva e os relâmpagos de luz iluminam o caminho. Sinto como que abraçado pelos os seres do trovão. Descobrindo a liberdade do verdadeiro aventureiro, personificando a liberdade aonde assumo qualquer papel em qualquer momento, sem apegos .Com confiança em minha Essência, obtenho minha liberdade permitindo-me ser um grande jogador neste grande jogo...

Enquanto isso inconscientemente:
Você se sente, por acaso, inseguro com esse negócio de assumir riscos ? Você duvida de sua capacidade de eleger ? Você se sente preso dentro de um limite de crescimento ou jogado contra uma parede invisível ? Talvez você tenha estado sentindo sensações intensas de ansiedade indefinida. Isso é natural, porque agora você está em uma encruzilhada da evolução. Durante esta grande mudança que está sucedendo, cada nível de seu ser se está transformando. Talvez você esteja preocupado com seu estado de saúde ou com seu corpo. Lembre-se de que você tem de cuidar-se. A intensidade que você sente é a ativação e purificação deste período de Tormenta.

Aceita os ensinamentos que a vida nos traga eles, fazem surgir coisas do fundo de você, e limpa os recantos escondidos, revelando qualquer separação da Fonte. Às vezes, a vida parecerá a você por demais difícil e intensa, e você desejaria, se possível, escapar da realidade do mundo. Isto pode criar em você padrões de negação e de adição, que unicamente intensificarão o processo. Nestas sombras encontramos o acréscimo do medo, sexo, duvidar de si mesmo, bens materiais, relacionamentos, trabalho e outros.

Na sombra da Tormenta, você também pode estar sentindo desesperança e o desejo de tudo abandonar. Contudo anime-se. Você está nas fronteiras do desconhecido. Está no processo de transformação, descobrindo em você um novo campo sagrado. Seus sentimentos se encontram, agora, aumentados de intensidade; use isto para dirigir-se a eles e use esta energia para criar o êxtase da liberdade. Rompa suas barreiras e anime-se . A totalidade desta transformação desafia a tudo o que existe em sua realidade. Entregue tudo o que perpetua a ilusão da separação. Lance tudo no fogo do selo Tormenta, e seu verdadeiro ser emergirá das cinzas, transformado.

Hora de deixar as coisas fluírem mais livremente e confiar mais... pois o que tiver que ser meu, com certeza será e que assim seja, um pé, um passo, uma estrada, nada mais que caminhos, hora de libertar minha mente, deixá-la livre de cobranças para reconhecer e aceitar os novos horizontes de uma vez por todas... sem sofrer ao olhar para trás e sim, olhar para cima e avante enquanto a cada dia, coloco mais um degrau na escada de minha vida...

sábado, dezembro 24, 2005

Sra. Tudo.

Sra Tudo.

Já cansadas seguem essas palavras, já sem vida escreve esse punho. E só de pensar nas tantas aventuras que poderia criar já se perde em devaneios sem nada concretizar. E assim têm sido os dias dessa escritora que se vê esquecida, que abandonou a si própria e resolveu viver nas dunas de uma praia. Já não se sentia mulher, já não se sabia humana e suas formas cristalizavam aquilo que pensava existir.

Sim, Dona Praia, Dona Concha, perambulava sem destino e carregava tudo que encontrava no seu caminho, amarrando numa longa corda... garrafas, sapatos, bóias, madeiras e cracas, muitas cracas e o infinito dessa praia sem fim.

E para onde se vai quando não se sabe quem é? A lugar algum ou ao lugar qualquer... vagava sem rumo, numa única direção... ia sempre para o sul, pois sabia que um dia havia vivido lá... e o sul nunca acabava... e ela parecia um manto negro que se movia a favor do vento, ou mesmo um grande barco com muitas âncoras e objetos pesados em sua corda... e sabia-se só, mesmo acompanhada das horas e do tempo das coisas.

Que diferença fazia se era noite ou dia? Apenas enxergava mais, ou menos e se via a viver no limite do tempo das coisas. Nada pode ser eterno.

Seus cabelos cresciam e chegavam aos seus pés onde tocavam a areia salgada do mar e raptavam pequenos moluscos em suas conchas, caranguejos, medusas descoloridas, ovos de arraia, como um grande mosaico de fios e formas... era esse ser flutuante que, ao mesmo tempo que não se sabia existir tomava elementos de vida a compor sua figura.

Não se sabia feliz ou triste, nua ou coberta, quente ou fria, mal se sabia e, por mais que não quisesse perceber, existia.

Até que num instante insólito de falta de luz e céu estrelado já se fazia noite e D. Praia, que era tudo, estrela, mar, peixe e concha deitou-se sob o brilho da lua sem muito pensar e muito menos esperar... num horizonte escuro apenas o barulho do mar... e repousou... e como se fosse milagre, pela primeira vez sonhou, algo que nunca lembrara, afinal já nem se sabia viva. E lá estava ela e seus cabelos de vida deitados sobre a areia gelada e salgada da praia, quando uma figura divina apareceu... e parecia mulher, e parecia serena e revelava-se cintilante e lhe falava com voz aveludada:

“Olá D. Praia, Sra Duna, Mulher Concha! O que tens para me dizer sobre minha praia e seus encantos? Em que lhe fui útil em toda sua vida de eremita em meu tão ruidoso reino?”

Ela respondeu: “Não sei o que dizer, a não ser que vivi apenas o clarear e escurecer, o esfriar e o esquentar. Só lembro daquilo que encontrei e daquilo que se apegou aos meus cabelos e à corda que puxo com tanto pesar”.

E a figura iluminada tornou a indagá-la: “não me diga que vivestes uma vida inteira à beira-mar sem nunca as cores contemplar. Não me diga que não vistes as mais lindas cores do pôr-do-sol, as quais valeriam toda sua vida de longas caminhadas. Não me digas que não se sentiu agradecida e plena por estar em contato pleno com a energia divina que emana da vida pulsante de minha praia. Talvez por isso tenhas carregado tantas coisas na tua corda e nos teus cabelos. Talvez por isto tenhas esquecido de si mesma. Talvez por isso nada faça sentido para ti, pois aquilo que há de mais valioso no universo não pode ser guardado e carregado, apenas sentido e tudo aquilo que passou sob teus olhos negros de insatisfação foi abandonado e tu não te sentes alguém... e, foram dias de sol e dias de chuva, noites estreladas, ressacas, ondas bravas, conchas coloridas, dunas em movimento. Todo o universo estava ao teu redor em pleno espetáculo de magia, gritando pela tua sensível atenção e, apesar de poderes ver, estavas cega, apesar de poderes ouvir, estavas surda e, ao invés de seres feliz, apenas carregastes um fardo”.

Dona Tudo, que agora era Nada pensava atordoada, pois já nem sabia se pensar, sequer se questionar e aos poucos lembrou das mais intensas vivências em toda sua vida na praia e sentiu-se vazia e plena, feliz e triste, lúcida e insana e arrancava os objetos da corda e fazia um grande círculo com ela e com um pedaço de caco de vidro cortava as longas melenas e tudo aquilo que as povoavam e foi dançando feito louca. Gritando, sorrindo e chorando que cortava seus cabelos e se descobria mulher e o melhor, se descobria viva, livre, feliz e eterna. Perdeu a noção de tempo e espaço, assim como perdeu de vista a figura iluminada que lhe falava. E, nada mais importava agora, mesmo antes não importava. E Sra nada se percebeu Tudo e se desfez em milhares de grãos de areia das dunas, em ondas luminosas no imenso mar, em cores das conchas dos moluscos.

Demorou, mas descobriu que era TUDO e por ser TUDO era feliz e por ser feliz bastava o sentir e o viver e, como já havia visto muitos pôr-do-sol, sentido o vento da praia, escutado as gaivotas também era aquela figura luminosa, de voz aveludada que a tudo criava e por tudo zelava. Exatamente, ela era a zeladora da praia, sua inquilina maior, a energia da vida. Ela era tudo e, ao mesmo tempo, nada. Ela era EU.

Imagem e Texto: Luciane Goldberg

segunda-feira, dezembro 12, 2005

`/\´ - Akbal - `/\´

Você deve introduzir-se na obscuridade envolvente da matriz e aí permanecer em absoluta quietude, meditando. A viagem interna de introspecção e integração do mistério começou. Liberte-se de forma que você possa olhar plenamente sua atual situação a partir de um ângulo subjetivo.

Entre na potência da matriz dos sonhos, onde tudo é possível. Aprenda a utilizar seus sonhos , onde não existe diferença entre o antes e o agora , entre o real e o imaginário, entre o sonho e o sonhador. Tudo o que você é, tudo em que você crê e tem esperança, e o sonho cria seu campo pessoal de fantasias. Dentro deste campo não há vitimas às quais lançar a culpa. Você está agora atraindo para você aqueles elementos que criarão a realidade e a perfeição em você. Faça-se lúcido dentro da vida.

Cruze as fronteiras que limitam você. Dentro da quietude interna, vão se formando dons potentes. Esteja disposto a abraçar e a seguir este processo até o vazio de uma aparente dor e mal estar , até o lugar de mistério. Sinta as possíveis respostas e receba os vislumbres que lhe são oferecidos à medida que o subconsciente se vai revelando. Preste especial atenção aos sonhos; poderosos tesouros o esperam nos sonhos, nos quais o mistério da obscuridade envolvente revela sua face.

Porém cuidado, a sombra sugere que seu enfoque pode ser demasiado subjetivo, demasiado íntimo. Perder-se na mansão do ego pode conduzir a sentimentos depressivos. Dê voz e visão à sombra e ao subconsciente. Estaria você por acaso se sentindo limitado por seu processo interno ou por um problema específico? Ao invés de resistir a este processo subjetivo, comece a transformá-lo, abraçando-o plenamente.

Mantra do dia: EU PULSO COM A FINALIDADE DE SONHAR REALIZANDO A INTUIÇÃO SELO A ENTRADA DA ABUNDÂNCIA, COM O TOM SOLAR DA INTENÇÃO. EU SOU GUIADO PELO PODER DA AUTOGERAÇÃO

Maturação e término da intenção do espírito, é a percepção de que todas as coisas estão interconectadas e que um cordão de eventos e experiências cósmicas criam o que somos hoje. A energia é uma força desenvolvida e expandida, amadurecendo as intenções que tiveram lugar dentro da ação. A intenção está tornando-se manifesta. Ela perseverará para obter a finalização da criação. "Ser ou não ser?". Irradie sua luz sobre sua criação, pois o que você amplia projetará um modelo maior para aqueles que o vêem.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

At home...

A foto: Calabouços a parte... my world
O título: Frase da música Jeremy que não podia ser de outra banda... (eu perdi... I can´t believe in it) "Em casa, desenhando figuras de topos de montanhas com ele no topo"

E se algo fede no reino da Dinamarca, problema deles

Em calabouços de lembranças vou vivendo
Lembranças de outrora de vida passada
De vida passada que não mais entendo
Momento de nada mais que a vida usada

Do castelo sobrava-me a torre
Torre de medos e aflições
De que em vinhos vinha-me o porre
Afogando tristezas e emoções

Pois que então abre-se a ponte
Levadiça de sonhos e vontades
Traz-me vida muita além de fonte
De percorrer mundos saciando sedes

Agora em verdes pastos de almejos
A vida sem cortinas se demonstra
Caminho passível de todos sos desejos
Que agora em mim alegria consta

Pois na terra sei que hei de ficar
Feliz de saber que em mim vivi e amei
Em finda vida um dia eu irei estar
Na certeza que em vida e carne passei
De tudo que se foi lembranças irei deixar...

Por mais que pareça triste, discordo em momentos de que o sentimento mais importa impresso em entrelinhas subjetivas de pensamentos de quem expresso em texto, ao fim de vida sabe-se que viveu e muito mais que isso, amou e intensamente passou por vida em viva vivacidade alegre de demonstrar, reconhecer e ser reconhecido esta como lei de felicidade em relação a relações de pessoas em ambientessejam quatro, dez ou milhares de paredes de momentos íntimos e nem tão íntimos de exposição da pessoa em questão...

"Fui à floresta porque queria viver plenamente e sugar a essência da vida. Abandonar tudo o que não fosse vida, e não, ao morrer, descobrir que não vivi." - Dead Poets Society -